Não o vejo mais em Vitória: a substituição do clítico acusativo de terceira pessoa na fala capixaba.
Nome: ALINE BERBERT TOMAZ FONSECA LAUAR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/06/2015
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
LILIAN COUTINHO YACOVENCO | Orientador |
MARIA EUGENIA LAMMOGLIA DUARTE | Examinador Externo |
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE | Examinador Interno |
Resumo: O presente estudo analisa o fenômeno variável relativo aopreenchimento do objeto direto anafórico na fala de Vitória/ES. Nesta capital, assim como em outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa, há a substituição do clítico acusativo de terceira pessoa por outros três elementos: o pronome lexical, o sintagma nominal anafórico e a categoria vazia. Analisamos a amostra do Projeto PORTVIX Português Falado na cidade de Vitória constituída por 46 entrevistas tipicamente labovianas divididas pelo sexo/gênero do falante, sua escolaridade e sua faixa etária. Temos por base os pressupostos da Teoria da Variação e da Mudança Lingüística, de William Labov (2008 [1972]) e utilizamos o programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005) para a análise estatística dos dados. Apresentamos o encaixamento social e linguístico das variantes e observamos que o pronome lexical é altamente favorecido pela animacidade do referente, ao passo que a categoria vazia tem como favorecedor, além da animacidade, a faixa etária do falante e o sintagma nominal anafórico, a classe do antecedente.Verificamos, também, que o fenômeno na fala capixaba está alinhado ao cenário nacional.