Pressuposição: Diferentes Abordagens Teóricas e Suas Consequências para o Ensino de Graduação em Letras.

Nome: VERÔNICA DE FÁTIMA CAMARGO SOARES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/10/2012

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JARBAS VARGAS NASCIMENTO Examinador Interno
LUIZ FRANCISCO DIAS Examinador Externo
VIRGINIA BEATRIZ BAESSE ABRAHÃO Orientador

Resumo: Esta pesquisa versa sobre a pressuposição na Linguística Moderna, tema que é
palco para estudos sob diferentes óticas, tais como Lógico-Filosófica, Semanticista, Pragmaticista e Discursiva. Percorreremos um caminho teórico que começa em Frege (1978), um dos primeiros a teorizar sobre a questão, cuja perspectiva é logicista, passando por Ducrot (1977; 1981; 1987), nosso teórico de base, autor que mais teorizou sobre pressuposição linguística, cuja perspectiva estruturalista é envolta por questões enunciativas, chegando a um olhar pragmaticista para a pressuposição, por meio das contribuições teóricas de Austin (1990). Os objetivos centrais deste trabalho são, primeiramente, discutir se tais abordagens sobre a pressuposição são conflitantes ao ponto de comprometerem o seu ensino em nível de graduação em Letras. Para tanto, analisamos se há convergências entre as teorias estudadas que sejam capazes de sustentar uma abordagem sobre a pressuposição como fenômeno linguístico e, depois disso, analisamos as abordagens sobre pressuposição que estão presentes em livros de cunho didático voltados para o ensino de Licenciatura em Letras, com a finalidade de verificar o enfoque teórico-metodológico dado à pressuposição pelos seus autores. Nossa hipótese é que as abordagens teóricas sobre a pressuposição são profundamente divergentes, o que possibilitaria o surgimento de diferentes pressupostos aos enunciados, de acordo com a abordagem adotada, além de tornar fluido o conceito de pressuposição. Para ilustrar a presença dessa temática na formação do
graduando em Letras, observamos o tratamento dado à pressuposição em provas do Exame Nacional de Cursos (Provão) e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), elaboradas pelo MEC, cuja finalidade é testar o conhecimento dos acadêmicos. Chegamos à conclusão de que a pressuposição como fenômeno linguístico necessita de muito mais pesquisas, pois as atuais são insuficientes para sustentar sua aplicação na formação do profissional de Letras.

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