CONTRASTES ENTRE CONCLUSÕES DE MONOGRAFIAS DE LETRAS, ADMINISTRAÇÃO E ENGENHARIA DE ALIMENTOS À
LUZ DA TEORIA DA ESTRUTURA POTENCIAL DO GÊNERO (EPG)
Nome: RICHARDISON SALEME SANSÃO
Data de publicação: 20/12/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| ADRIANA DA SILVA | Examinador Externo |
| ALEX CALDAS SIMOES | Presidente |
| GESIENY LAURETT NEVES DAMASCENO | Examinador Interno |
Resumo: O ensino de gêneros exige avanços quanto aos modos como são instruídos e exigidos os gêneros
acadêmicos, ou seja, aqueles que circulam no âmbito do Ensino Superior. Diante das
dificuldades e de certo temor por parte de estudantes de cursos de graduação em relação ao
gênero acadêmico monografia, objetivamos identificar, descrever e analisar a Estrutura
Potencial do Gênero (EPG) da seção de conclusão. Para isso, utilizamos a Teoria da EPG de
Ruqaiya Hasan (1989) como aparato teórico-metodológico para definir e comparar as estruturas
de conclusões de monografias de três cursos de áreas distintas: Letras, Engenharia de Alimentos
e Administração. Além disso, buscamos compreender quais estratégias de enunciação (mais ou
menos pessoais) são utilizadas na construção desse corpus. Para tal empreendimento,
empregamos um corpus com 30 exemplares retirados do repositório digital da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Como resultados, definimos que a Configuração Contextual
para essa seção é determinada pela: variável Campo, que apresenta a estrutura final e conclusiva
de uma monografia nas áreas de Letras, Administração ou Engenharia de Alimentos, sendo
orientada por um licenciado em Letras, um administrador ou um bacharel em engenharia de
alimentos; as Relações que se estabelecem entre aluno e professor orientador/banca, de forma
que o professor possui hierarquia sobre o aluno, com uma distância social entre eles quase
mínima, visto que não se trata de uma relação de convívio esporádico, já com a banca, essa
distância é quase máxima; e pelo Modo, em que a linguagem verbal é constitutiva do texto, o
canal é gráfico, e a meio de realização do texto é escrito. As estruturas potenciais dessas
conclusões são constituídas da seguinte maneira (elementos obrigatórios em negrito): em Letras
(CP^OBE*^OBJRT*^ME^ARE^CFA^REP^RP^LMP*^PF*); em Administração
(CP*^OBJ^PP*^OBE^ME^ARE^OT^CFA^LMP*^RP*^PF*) e em Engenharia de
Alimentos (CP*^REP^OBJ*^OBE*^ME^ARE*^CFA^RP*^PF*). Em relação às
estratégias de enunciação, constatou-se que predomina o uso da impessoalidade na construção
das conclusões de monografias, especialmente com o uso de metonímias, partículas “-se” e
verbos no infinitivo, em detrimento da pessoalidade, identificada pelo uso de pronomes na
primeira pessoa do singular/plural.
