PRÁTICAS DE LETRAMENTO ACADÊMICO NO CONTEXTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: IMPLICAÇÕES PARA A
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Nome: FERNANDA RODRIGUES GUIMARÃES

Data de publicação: 10/09/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA JOTTO KAWACHI FURLAN Examinador Interno
ISABEL CRISTINA GOMES BASONI Examinador Externo
JANAYNA BERTOLLO COZER CASOTTI Presidente

Resumo: Nesta pesquisa, propõe-se como objetivo geral investigar quais são as práticas de
letramentos de um projeto de extensão do Departamento de Línguas e Letras da
Universidade Federal do Espírito Santo e como essas práticas implicam para a
formação docente. Quanto aos objetivos específicos, têm-se os seguintes: 1)
Identificar quais são as práticas de letramentos que circundam no contexto do
projeto de extensão; 2) Identificar quais são as escolhas e decisões tomadas pela(s)
monitora(s) frente aos textos que circulam no local; 3) Analisar interpretativamente,
com base nos textos teóricos, as experiências de letramentos vivenciadas pela(s)
monitora(s); 4) Analisar interpretativamente, com base nos textos teóricos, como as
experiências de letramentos em um projeto de extensão da Ufes repercutem na
formação docente da(s) estudante(s) de Letras. A pesquisa está amparada,
principalmente, nos Novos Estudos do Letramento, na perspectiva de Street (2014;
2017); na concepção de gêneros discursivos, com base em Bakhtin (2003; 2016);
na concepção de letramento acadêmico de Fiad (2011; 2013; 2015), que concebe os
letramentos acadêmicos como uma prática social situada; e, para discussão sobre
formação docente, amparados em autores(as) tanto da educação quanto da
linguística aplicada, tais como Miller (2013), Freire e Leffa (2013), Casotti (2017),
Benevides (2006), Guimarães (2023), Muniz e Boas (2017) e Freitas (2022). A
metodologia utilizada é qualitativa, interpretativista e de base etnográfica. O trabalho
se realiza no contexto de um projeto de extensão da Universidade Federal do
Espírito Santo (Ufes), com estudantes de Letras. Como instrumentos para coleta de
dados utilizam-se: questionário fechado, diário escrito pela pesquisadora enquanto
observadora-participante no projeto de extensão e materiais norteadores do projeto
de extensão. Cabe ressaltar que a coleta de dados foi realizada em um período de
rumores e deflagração de greve. Nesse período, apenas Aurora, monitora bolsista,
continuou participando ativamente de todas as práticas de letramentos do projeto.
Por causa disso, a maior parte das análises foram pautadas em suas práticas. Nas
análises realizadas, identificou-se que as principais práticas de letramento
experienciadas pelas monitoras do projeto de extensão foram a troca de e-mails, as
reuniões e as revisões textuais. Frente aos textos circulantes do Releitores,
concebemos que as atitudes e decisões das monitoras são norteadas
predominantemente pelo termo de compromisso assinado pelas monitoras. Este
termo, elaborado com requisitos estabelecidos pela Pró-Reitoria de Extensão da
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), é um pré-requisito para a atuação no
projeto de extensão. Diante disso, analisamos as escolhas e decisões das monitoras
no projeto de extensão. No questionário respondido pela monitora Aurora, ela
descreve suas práticas de letramentos na educação básica como “quase
inexistentes”. Finalmente, no Releitores, descobrimos um trabalho com gêneros e
práticas de letramentos variados. Concebemos que o trabalho das monitoras no
local transcende a simples prestação de serviços, pois não se trata apenas de
revisar e entregar textos, mas de um processo que inclui diálogo e formação tanto da
monitora como futura docente quanto do(a) autor(a) do texto.

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