Variação acústica de F2 da vogal [i] em contexto de palatalização das consoantes oclusivas alveolares em falas de dois municípios baianos
Nome: ADILSON DA SILVA CORREIA
Data de publicação: 06/02/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXSANDRO RODRIGUES MEIRELES | Presidente |
DERMEVAL DA HORA OLIVEIRA | Examinador Externo |
GREDSON DOS SANTOS | Examinador Externo |
LEILA MARIA TESCH | Examinador Interno |
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE | Examinador Interno |
Resumo: A investigação, nesta tese, desenvolve a análise do formante F2 da vogal [i], em contexto de palatalização das consoantes oclusivas alveolares, no Português Brasileiro (PB). Por meio de metodologia experimental em Fonética Acústica e fundamentado na Teoriada Fonte-Filtro da produção da fala, o estudo empreendeu coleta de fala em dois municípios baianos, visando gerar dados da vogal [i] em contexto de consoantes não palatalizadas [t,d], no município de Nova Soure, e palatalizadas [t, d], no município de Alagoinhas, a partir de oito sujeitos-participantes, quatro homens, dois novassourenses e dois alagoinhenses e quatro mulheres, duas novassourenses e duas alagoinhenses. Baseado no argumento de que o F2 da vogal [i], nas consoantes palatalizadas, é menor doque o das palatalizadas, o estudo demonstrou, por meio das medidas centrais e dispersivas de F2, que a massa de dados das medidas formânticas, nas consoantes palatalizadas, representa estatística e significativamente diferenças em relação às consoantes não palatalizadas. Na amostragem das mulheres, essa diferença é bem mais marcada do que na dos homens. Além disso, observamos como a curva de distribuição normal se desloca assimetricamente e como a massa dos dados se agrega em torno das medidas centrais pormeio de coeficientes de assimetria. As conclusões do estudo tendem a confirmar a hipótese de que o F2 das consoantes palatalizadas é menor do que o das não palatalizadas. Esse argumento fortalece a hipótese sobre a anteroposterioridade da vogal [i] em contextos de palatalização das consoantes oclusivas alveolares, corroborando o argumento de que a vogal se mostra mais anterior diante da variante não palatalizada e mais posterior diante da palatalizada.