O Discurso Androcêntrico e a Representação Social da Mulher em Crônicas
capixabas
Nome: LEANDRO FREITAS MENEZES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/08/2022
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
MICHELINE MATTEDI TOMAZI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
DANIELE DE OLIVEIRA | Suplente Externo |
FLAVIA MEDEIROS ÁLVARO MACHADO | Suplente Interno |
JARBAS VARGAS NASCIMENTO | Examinador Interno |
MICHELINE MATTEDI TOMAZI | Orientador |
RAQUELLI NATALE | Examinador Externo |
Resumo: Situamos esta dissertação na Análise Crítica do Discurso, de vertente sociocognitiva cujo representante principal é van Dijk (2009, 2012, 2016, 2017). Temos por objetivo geral verificar a representação social da mulher em crônicas capixabas escritas por Pedro Maia e por objetivos específicos: 1. identificar nas estruturas discursivas das crônicas de Pedro Maia a representação social da mulher que contenha atitudes androcêntricas; 2. descrever a maneira pela qual o discurso jornalístico nas crônicas de Pedro Maia contribui com as desigualdades entre os gêneros masculino e feminino; 3. explicar as bases do discurso androcêntrico-macroestrutural nas crônicas de Pedro Maia e sua permanência em forma de modelos mentais. Essa pesquisa se justifica porque, apesar de Pedro Maia reconhecer em suas crônicas que a mulher alcançou direitos na sociedade, notamos que a forma de representação social que ele faz dela é androcêntrica. Essa representação é resultado de modelos mentais androcêntricos-macroestruturais-discursivos. Nesse sentido, a pesquisa adotou os seguintes procedimentos metodológicos: 1. Procedimento teórico-analítico: revisão teórica sobre os principais conceitos tratados nesta dissertação, tais como: Androcentrismo, Representação Social, Superestrutura, Macroestrutura e Microestrutura textual-discursiva da crônica do cotidiano. 2. Seleção de material de análise: coletamos 33 crônicas no dia das mães, noivas e Dia Internacional da Mulher. Destas, separamos 16 que contém traços de
androcentrismo; dentre essa quantidade separamos 7 em que mais se percebe
traços de androcentrismo; reduzimos esse número para 3, pensando nas mais
representativas entre o período de 2002 a 2014. Assim, selecionamos crônicas entre os anos de 2002, de 2005 e de 2009. Não escolhemos além desse ano porque algumas crônicas foram republicadas nas datas comemorativas da mulher. Como resultado evidenciamos que as crônicas jornalísticas apresentam um discurso androcêntrico-macroestrutural-discursivo por meio do qual a instância masculina, ao mesmo tempo em que empodera a mulher, emprega representações sociais machistas e estereotipadas e desrespeitosas. Isso pode ser constatado pelos termos e expressões encontrados na estrutura discursiva. Palavras-chave: Estudos Sociocognitivos Críticos do Discurso. Representação
Social. Androcentrismo. Crônica do cotidiano.