O IFES NA PRODUÇÃO DE EPISTEMOLOGIAS DO SUL

Nome: GABRIELA FREIRE OLIVEIRA PICCIN
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 23/11/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
KYRIA REBECA NEIVA DE LIMA FINARDI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLARISSA MENEZES JORDÃO Examinador Externo
CLAUDIA JOTTO KAWACHI FURLAN Examinador Interno
EDUARDO HENRIQUE FIGUEIREDO DINIZ Suplente Externo
KYRIA REBECA NEIVA DE LIMA FINARDI Orientador
LYNN MARIO TRINDADE MENEZES DE SOUZA Examinador Externo

Páginas

Resumo: A partir das noções de epistemologias do Sul (por exemplo, SOUSA SANTOS,
2021), pensamento de fronteira (MIGNOLO, 2020a), tradução intercultural (SOUSA SANTOS, 2018), pedagogias decoloniais (WALSH; OLIVEIRA; CANDAU, 2018) e ecologia de saberes (SOUSA SANTOS, 2008a), analiso o papel do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) na produção de saberes com suas comunidades locais. Assentada na concepção bakhtiniana de linguagem, utilizo técnicas de pesquisa narrativa (PAVLENKO, 2007; BARCELOS, 2020) para analisar os dados produzidos em rodas de conversa inspiradas no método Paulo Freire (BRANDÃO, 2017). O material empírico e o referencial teórico sugerem que o IFES é construído discursivamente como representante das promessas de progresso científico e tecnológico da modernidade. A maioria das/os participantes envolvidas/os com a produção de epistemologias do Sul declarou desenvolver ações de extensão e ter engajamento com movimentos sociais, o que vai ao encontro do argumento de Sousa Santos (2019) sobre a relevância dos movimentos sociais nas epistemologias do Sul. As narrativas indicaram a extensão universitária como meio de favorecer a inserção do IFES na produção de epistemologias com movimentos sociais, educadoras/es ambientais, povos do mar de comunidade de origem indígena, inventoras/es periféricas/os, surdas/os e sujeitos rurais. A análise indica que tal produção epistemológica ocorre quando há tradução intercultural (SOUSA SANTOS, 2018) em espaços dialógico-fronteiriços entre IFES e as comunidades locais. A análise também enfatiza a necessidade de decolonizar as políticas linguísticas, curriculares e de internacionalização. Por fim, discuto as implicações da pandemia para a produção epistemológica desses sujeitos do IFES com suas
comunidades, em um exercício de pensar um IFES utópico para um mundo de outro modo.

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