PERFIL DE FLUÊNCIA DA FALA INFANTIL CAPIXABA: COMPARAÇÃO COM A
VARIEDADE MINEIRA E DIFERENTES MÉTODOS DE COLETA
Nome: MÁRCIA EMÍLIA DA ROCHA ASSIS ELOI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/06/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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ALEXSANDRO RODRIGUES MEIRELES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXSANDRO RODRIGUES MEIRELES | Orientador |
JULIANA NUNES SANTOS | Suplente Externo |
LETÍCIA CORRÊA CELESTE | Coorientador |
LILIAN COUTINHO YACOVENCO | Examinador Interno |
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: A fluência é entendida como o fluxo contínuo e suave de produção da fala e pode ser determinada a partir de aspectos como a taxa de elocução e a tipologia das disfluências. Objetiva-se comparar a fluência da fala infantil das variedades mineira e capixaba do Português Brasileiro e averiguar a interferência dos diferentes métodos de coleta na fluência da fala. Participaram da pesquisa 201 crianças com faixa etária de 6 a 11 anos de idade, que produziram um somatório de 410 amostras de fala coletadas por meio de três distintos experimentos. No primeiro experimento, a coleta foi realizada com tarefa de fala, usando-se figura estática e comparação das variedades mineira e capixaba do português brasileiro; no segundo experimento, as diferentes tarefas de fala foram coletadas por meio de figura estática e da fala semi espontânea; no terceiro experimento, as coletas foram realizadas em diferentes tarefas de fala com figura estática, história em sequência e fala semi-espontânea) e com as diferentes ordens dos encontros (primeiro, segundo e terceiro encontro). No primeiro experimento, a taxa de elocução foi semelhante entre as variedades mineira e capixaba; já a descontinuidade de fala, a disfluência típica de hesitação e as disfluências atípicas de prolongamento, pausa e intrusão de som ou segmento foram maiores
na variedade mineira e a disfluência típica de revisão foi maior na variedade
capixaba. No segundo experimento, os resultados mostraram semelhança, na
taxa de elocução, descontinuidade de fala e disfluência típica e atípica, entre os
diferentes métodos de coleta de fala através de figura estática e da fala semi-
espontânea. No terceiro experimento, ao se analisar isoladamente as iferentes
tarefas na coleta de fala, houve diferença estatisticamente significante entre os
métodos de coleta de fala que evidenciaram menor taxa de elocução e menor
descontinuidade de fala na tarefa de fala através de figura estática. Por outro
lado, a fala semi-espontânea se mostrou com maior taxa de elocução (palavra
por minuto), maior descontinuidade de fala, hesitação e interjeição. Pela análise isolada das diferentes ordens dos encontros para a coleta de fala, constatou-se que a ordem dos encontros isoladamente não interfere nas variáveis da fluência da fala. Ainda no terceiro encontro, ao se analisar as diferentes tarefas de fala associada às diferentes ordens dos encontros, verificou-se que a taxa de elocução se manteve semelhante entre os diferentes métodos, entretanto o primeiro encontro se mostrou mais propenso para o aumento da descontinuidade de fala e de disfluência típicas e atípicas. Por outro lado, o terceiro encontro se mostrou mais favorável para a fluência com a diminuição das disfluência típicas e atípicas. De maneira geral, entende-se que há diferença regional entre as variedades mineira e capixaba e que os diferentes métodos de coleta interferem na fluência da fala infantil.
Palavras-chave: Fluência. Disfluência. Métodos. Coleta de fala. Variedades.