"HAGAR, O HORRÍVEL: A PERSPECTIVA FUNCIONALISTA DAS ADVERBIAIS FINAIS E TEMPORAIS NOS DIÁLOGOS DOS PERSONAGENS"
Nome: NATÁLIA CRISSAFF AMARO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/06/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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FLAVIA MEDEIROS ÁLVARO MACHADO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARMELITA MINELIO DA SILVA AMORIM | Examinador Externo |
FLAVIA MEDEIROS ÁLVARO MACHADO | Orientador |
GESIENY LAURETT NEVES DAMASCENO | Suplente Interno |
LEILA MARIA TESCH | Suplente Externo |
LÚCIA HELENA PEYROTON DA ROCHA | Examinador Interno |
Resumo: As orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais, de modo geral, são tratadas pelas
Gramáticas Tradicionais (GTs) como casos de subordinação e são explicadas a partir da ideia de
dependência sintática. Essas GTs apontam a subordinação como o oposto da coordenação,
dicotomia esta que é apresentada com exemplos avulsos, que não estão em seu contexto de uso,
o que dificulta o estudo desses períodos, e acaba padronizando todas as orações subordinadas,
assim como todas as coordenadas, não considerando diferentes graus de dependência. Em
contrapartida, os autores do Funcionalismo, corrente da Linguística que considera fatores
extralinguísticos na análise de estruturas da língua, como Halliday (1985) e Hopper e Traugott
(1993), consideram o continuum de mais ou menos encaixamento e dependência oracional para
analisar os graus de dependência de cada tipo de oração coordenada e subordinada, além de
utilizarem outra nomenclatura e classificações diferentes para as chamadas, tradicionalmente,
orações subordinadas e coordenadas: parataxe, hipotaxe e subordinação. O processo de
gramaticalização de conjunções, o qual originou muitos conectivos com noção temporal, também
foi estudado, assim como o princípio da iconicidade (Givón, 2001). Portanto, esta pesquisa, sob o
viés do Funcionalismo, a partir dos estudos de Halliday (1985), Hopper e Traugott (1993) e Givón
(2001), tem como objetivo geral investigar os diferentes graus de dependência nos períodos
compostos, com foco nas orações subordinadas adverbiais finais e temporais, sobre as quais se
elaborou a hipótese de que as desenvolvidas são mais articuladas que as reduzidas, sendo estas
casos de hipotaxe por justaposição e aquelas, casos de hipotaxe. O corpus escolhido para as
análises foram as tirinhas de Hagar, o Horrível, que, por apresentarem diferentes sistemas
semióticos, como, por exemplo, imagens e textos escritos, configuram-se como multimodais. O
caráter multimodal das tirinhas contribuiu para essa pesquisa funcionalista, uma vez que esse
gênero textual apresenta uma grande diversidade de fatores extralinguísticos que contribuíram
para a análise linguística. A pesquisa é qualitativa, por investigar esses níveis de articulação de
cláusulas em uma série de tirinhas de Hagar, o Horrível, porém possui uma parte quantitativa,
devido ao levantamento de dados realizado.
Palavras-chave: Oração subordinada adverbial, Funcionalismo, Hipotaxe.