“SOMOS A RESISTÊNCIA”: EMOÇÕES DE PROFESSORAS/ES
(DE INGLÊS) DE ESCOLAS PÚBLICAS

Nome: THALITA CUNHA REZENDE MASSINI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/02/2020

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA MARTINEZ DUBOC Suplente Externo
CLAUDIA JOTTO KAWACHI FURLAN Examinador Interno
DANIEL DE MELLO FERRAZ Orientador
KYRIA REBECA NEIVA DE LIMA FINARDI Suplente Interno
LUCIANO NOVAES VIDON Examinador Interno

Páginas

Resumo: Este estudo defende a discussão sobre emoções de professores (de inglês) da educação
básica pública, além da problematização de narrativas dominantes que tentam nos
ensinar e impor quais emoções podemos sentir, expressar e quais devemos reprimir e
anular. Nesse sentido, questionamos emoções e suas relações históricas, contextuais,
sociais, culturais e políticas e defendemos a possibilidade de, por meio desse debate,
subvertermos discursos hegemônicos opressores, já que emoções são entendidas como
lugar de resistência política e social. Os debates propostos tiveram como base,
sobretudo, estudos pós-modernos e pós-estruturalistas nas áreas da linguística aplicada,
filosofia, educação e antropologia e tiveram como objetivo principal compreender as
relações entre emoções, construções sociais, culturais e relações de poder. Os dados
discutidos ao longo do texto foram gerados em um curso de formação com professores
de inglês de escolas públicas ofertado em uma universidade federal. Tal curso originouse a partir do desejo de docentes de inglês lotados em escolas municipais e estaduais da
Grande Vitória (ES) de discutir questões a respeito das situações do professor de inglês
nas redes públicas do ensino básico, políticas linguísticas e educacionais, além de
questões contextuais relacionadas ao ensino e aprendizagem da disciplina de inglês na
educação básica. Os discursos apresentados e interpretados foram estabelecidos por
meio de uma pesquisa-ação crítico-colaborativa na qual, enquanto pesquisadora e
professora de inglês de escolas públicas, atuei como observadora-participante. As
discussões empreendidas neste estudo pautaram-se na interpretação de discursos dos
participantes e mostraram que a construção e a expressão de emoções de professoras de
inglês estão relacionadas a construções individuais, mas, sobretudo, coletivas, sociais,
culturais e ideológicas a respeito da profissão docente na nossa sociedade colonial e
patriarcal. A primeira parte do texto trata da introdução ao estudo com uma
apresentação das principais bases epistemológicas e da metodologia. O capítulo I traz
discussões teóricas a respeito de diferentes conceitos de emoções nas áreas de filosofia,
antropologia, educação e linguística aplicada. O capítulo II discute e questiona o amor e
outras emoções de opressão à docência, suas relações com o processo de feminização do
magistério no Brasil e desdobramentos na contemporaneidade. No capítulo III, são
problematizadas emoções de angústia e frustração e questões de invisibilização e
inferioridade que afligem, mais especificamente, professores de inglês de escolas
públicas. O último capítulo debate acerca de emoções de resistência no magistério em
contextos micro e macro políticos, educação linguística e formação de professores e, por
fim, as considerações finais tratam sobre (auto)reflexões a respeito da construção do
estudo e da potência da discussão sobre emoções para a luta contra opressões e
transformações na docência.
PALAVRAS-CHAVE: Emoções. Professores de inglês de escolas públicas. Formação
docente.

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