O Que Tenho a Dizer Sobre Mim: a Percepção de Pré- Vestibulandos Sobre a Própria Identidade Como Brasileiro, Jovem, Aluno de Escola Pública e Pessoal de Baixa Renda

Nome: HELLEN DOS SANTOS NUNES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/12/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JANAYNA BERTOLLO COZER CASOTTI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDENIZE PONZO PERES Suplente Interno
FERNANDA BORGES DE MORAES Suplente Externo
JANAYNA BERTOLLO COZER CASOTTI Orientador
LUCIANO NOVAES VIDON Examinador Interno
MICHELE FREIRE SCHIFFLER Examinador Externo

Resumo: Considerando que a identidade é uma construção social, resultado de diversos
aspectos que influenciam a formação pessoal, cultural, social e educacional da
pessoa, pretendeu-se verificar como pré-vestibulandos de um curso preparatório
voluntário destinado a alunos de escola pública compreendem quatro identidades que, não coincidentemente, lhes são intrínsecas: brasileiro, jovem, estudante de escola pública e pessoa de baixa renda. Para isso, levam-se em conta redações produzidas pelos pré-vestibulandos a partir de temáticas relacionadas a essas identidades. Além disso, é observada ainda se tais manifestações valorativas guardam relação com o próprio processo de escrita a que os alunos são submetidos, não apenas durante a prova do Enem, mas em sua vida escolar como um todo. Tal ligação é observada a partir de relatos produzidos no primeiro dia de aula, em que os alunos explicitam sua relação com a escrita dentro e fora do ambiente escolar, sua vivência educacional e os sentimentos que tais situações lhes despertam. A reflexão sobre tais textos resulta nas análises presentes nesta pesquisa, amparadas nos estudos de identidade
realizados sobretudo por Hall (2006, 2014), Bauman (2005), Silva (2014) e Woodward (2014), e nas ponderações sobre autoria, entre outros, de Bakhtin (2003), Barthes (2012) e Foucault (2001), ampliando a discussão para a produção textual na escola. Os resultados mostram como as dissertações reproduzem alguns dos estereótipos presentes na sociedade, sobretudo aqueles defendidos pelas camadas favorecidas socioeconomicamente que pretendem se manter como modelos para os menos favorecidos. Além disso, é possível perceber como o processo de escrita desenvolvido na escola é homogeneizante, contribuindo com a perpetuação dos preconceitos sobre as identidades, sobre a própria produção textual e até sobre a capacidade dos próprios alunos.

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