ASPECTOS SÓCIO-HISTÓRICOS DA SUBSTITUIÇÃO DO VÊNETO PELO

PORTUGUÊS NAS ZONAS URBANA E RURAL DE ALFREDO CHAVES-
ESPÍRITO SANTO

Nome: MARCIO FAVERO FIORIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/06/2019

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDENIZE PONZO PERES Orientador
ETELVO RAMOS FILHO Suplente Externo
GABRIEL ANTUNES DE ARAUJO Examinador Externo
JANAYNA BERTOLLO COZER CASOTTI Suplente Interno
LUCIANO NOVAES VIDON Examinador Interno

Resumo: Alfredo Chaves foi um dos muitos municípios do Espírito Santo colonizados por
imigrantes italianos, sobretudo do Vêneto, que lá chegaram a partir de 1877. Essas
pessoas traziam consigo, além do anseio por melhores condições de vida, a sua
cultura e a sua língua. Com o passar do tempo, ocorreu a substituição da língua
minoritária pelo português, mas o contato entre ambas produziu características
peculiares na fala de seus descendentes. Tendo em vista esse cenário, este estudo
investiga o processo de substituição do vêneto em Alfredo Chaves, descrevendo a
atuação dos principais atores sociais para tal ocorrência, com destaque para a escola.
Para alcançarmos esse objetivo, além de pesquisa bibliográfica, foram realizadas
entrevistas na zona urbana de Alfredo Chaves e em Santa Maria de Ibitiruí, zona rural
do município, com dez profissionais da educação que atuaram ou que atuam nas duas
localidades. As análises foram feitas com base na teoria do Contato Linguístico,
utilizando as contribuições de autores como Weinreich (1970 [1953]), Appel e
Muysken (1996), Montrul (2013) e outros. Os resultados evidenciam que as políticas
nacionalistas implantadas durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930 a 1945)
favoreceram a cultura brasileira e foram cruciais para a imposição da língua
portuguesa sobre as estrangeiras. Os dados também evidenciam que o sistema
educacional atuou em favor da propagação das leis nacionalistas de Vargas, no
passado, além de, no presente, seu ensino normativo excluir a variação linguística,
culminando em situações de discriminação por parte de professores e dos próprios
alunos. Diante desses resultados, concluímos que se faz necessário um trabalho de
apoio aos agentes escolares, com formação continuada junto a eles, a fim de que a
diversidade cultural e linguística se faça presente na escola e nas comunidades
colonizadas por imigrantes.
Palavras-chave: Contato linguístico. Imigração italiana no Espírito Santo. Línguas
minoritárias. Substituição linguística. Escola.

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