Análise da concordância nominal na fala de Vitória/ES: o linguístico, o social e o estilístico.

Nome: JULIANA RANGEL SCARDUA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDAIR MARIA GÖRSKI Examinador Externo
LEILA MARIA TESCH Suplente Externo
LILIAN COUTINHO YACOVENCO Examinador Interno
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Orientador

Resumo: Este estudo analisa a variação da concordância de número entre os elementos do sintagma nominal na fala de Vitória, capital do Espírito Santo. Os dados dessa pesquisa foram extraídos da amostra Projeto Português Falado na Cidade de Vitória (PortVix), composta por 46 entrevistas estratificadas por sexo/gênero, faixa etária e escolaridade dos informantes (YACOVENCO, 2002; YACOVENCO et. al., 2012). Seguindo a perspectiva teórica-metodológica da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]), buscamos evidenciar o sistema fortemente ordenado que condiciona a concordância nominal. Para a análise quantitativa, usamos o programa computacional Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH 2005), que selecionou como estatisticamente significativas todas as variáveis linguísticas e sociais controladas, incluindo a estilística. Nossos resultados revelam uma taxa de marcação de plural na fala capixaba da ordem de 88,6%, visto que do total de 10.923 dados, 9.683 são casos de concordância. As variáveis linguísticas evidenciam que os nomes localizados mais à esquerda no sintagma nominal, os mais salientes e os precedidos de marcas são os que possuem mais chances de retenção do morfema de plural. As variáveis sociais apontam que pessoas do sexo masculino, das faixas etárias mais jovens e com maior escolaridade são as que mais marcam o plural em Vitória. A variável estilística, investigada em função da Árvore da Decisão (LABOV, 2001a), indica que os falantes mais escolarizados realizam mudanças estilísticas mais nítidas em função da atenção à fala do que os menos escolarizados. Desse modo, além de colaborar com os estudos linguísticos do Espírito Santo apresentando como a variedade capixaba se alinha ou distancia de outras variedades brasileiras, nosso trabalho contribui para a compreensão do papel do estilo na variação linguística em geral.

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