A INTERNACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: UMA
PROPOSTA DE MATRIZ MULTIDIMENSIONAL DE (AUTO) AVALIAÇÃO

Nome: GABRIEL BRITO AMORIM
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 19/02/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
KYRIA REBECA NEIVA DE LIMA FINARDI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
RENATA ARCHANJO Examinador Externo
TELMA NUNES GIMENEZ Examinador Externo

Páginas

Resumo: A internacionalização do ensino superior, entendida como o processo de integração de uma dimensão internacional, intercultural ou global no ensino, pesquisa e extensão do ensino superior (KNIGHT, 2003) tem sidotema central de discussão e pauta das instituições de ensino superior (IES) brasileiras desde a criação do programa Ciência sem Fronteiras (CsF), extinto em 2015. Além do CsF, outros programas, políticas e incentivos governamentais para a internacionalização como o Idiomas sem Fronteiras (IsF) e o Capes PrInt tem afetado esse processo nas IES brasileiras. Segundo teóricos da área (por exemplo LIMA; MARANHÃO, 2009, FINARDI; GUIMARÃES, 2017) o processo de internacionalização das IES brasileiras ainda é incipiente, passivo e reativo. Partindo da visão de Selasi (2014) da identidade e (inter)nacionalidade como conceitos inseridos em contextos multidimensionais considerados pela perspectiva das experiências, da visão de Bloommaert (2010) de que a internacionalização é uma consequência da globalização, quegera tanto riqueza quanto pobreza, sendo que a internacionalização situada poderia atenuar os impactos negativos da globalização e de noções da área de avaliação (STUFFLEBEAM, 1968; 1971; RAUPP; REICHLE, 2003) que sugerem que uma ferramenta avaliativa diagnóstica contextualizada e calibrada é essencial para o desenvolvimento de projetos/programas, esta tese tem como objetivo principal construir uma matriz multidimensional de (auto) avaliação do processo de internacionalização institucional. A matrizfoi elaborada com base em Knight (2004), Amorim e Finardi (2017) e Finardi et al. (no prelo) bem como em documentos como as Orientações para a Elaboração de Políticas Linguísticas para a Internacionalização do Ensino Superior da FAUBAI (2017), o Guia EMI 2018-2019 e os critérios da CAPES para pós-graduação.A matriz proposta engloba 86 indicadores distribuídos nos 3 pilares da universidade –Ensino, Pesquisa e Extensão –que por sua vez se relacionam com 3 categorias de análise, quais sejam: Política Linguística, Mobilidade Acadêmica e Internacionalização em Casa. A partir da análise e triangulação das dimensões e categorias da matriz, 3 classificações são sugeridas para a (auto) avaliação das IES, a saber: Internacionalizada, Engajada e Emergente. Em termos metodológicos esta tese se classifica como de cunho qualitativo (CRESWELL, 2007) sendo que a construção da matriz se baseou na metodologia do desenvolvimento (RICHEY; NELSON; KLEIN, 1999; VAN DEN AKKER, 1999; BOTTENTUIT JÚNIOR, 2001). A análise da pilotagem da matriz, implementada na UFES, se deu em duas etapas sendo a primeira de respostas à matriz e a segunda de feedbacksobre a matriz. Os resultados da análise da matriz proposta sugerem que os 86 indicadores refletem bem as categorias e dimensões propostas para a classificação da internacionalização das IES ainda que ajustes possam ser feitos no sentido de desmembrar ou eliminar alguns indicadores. O estudo conclui que a matriz proposta representa uma importante contribuição para (auto)avaliaçãodas IES. Além disso, concluímos que a matriz se apresenta como um instrumento unificado relevante para possibilitar as IES uma (auto)avaliação do processo de internacionalização dentro da tríade –Ensino, Pesquisa e Extensão –nas categorias de Política Linguística, Mobilidade Acadêmica e Internacionalização em Casa. Espera-se que a (auto)avaliação propiciada pela matriz auxilie as IES a pensarem em um processo de internacionalização mais localmente situado/relevante sem perder sensibilidade para o contexto global.

Palavras-chave:Internacionalização. Ensino Superior. Avaliação.Matriz de Avaliação.

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