Análise sociolinguística da aprendizagem dos clíticos de 3ª pessoa por crianças do 4º ano do ensino fundamental.

Nome: JOSÉ CARLOS VIEIRA JUNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/07/2012

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Examinador Externo
EDENIZE PONZO PERES Orientador
JANAYNA BERTOLLO COZER CASOTTI Examinador Interno

Resumo: Diversas pesquisas apontam um contínuo desuso dos clíticos de 3ª pessoa (lhe, o, a, os, as e suas variantes) na modalidade oral do Português Brasileiro (PB), sendo substituídos pelo pronome reto, pelo objeto nulo ou pela repetição do sintagma a que eles fazem referência. Por outro lado, os clíticos de 3ª pessoa aparecem comumente em textos escritos veiculados pela mídia, bem como nos estilos mais formais da língua falada, o que faz com que esses elementos constem dos programas da disciplina Língua Portuguesa, nas escolas brasileiras. Dessa feita, esta pesquisa tem por objetivo descrever esse processo de aprendizagem do ponto de vista linguístico e social, procurando investigar como as crianças interpretam o uso dessas formas e, por conseguinte, da variedade padrão da língua , e se e/ou como a escola favorece a aprendizagem dessas formas. Para respondermos a essas perguntas, procedemos a uma pesquisa sociolinguística, que analisa os fatores linguísticos e sociais que poderiam influenciar essa aprendizagem. Para tanto, os clíticos de 3ª pessoa foram trabalhados gradualmente durante um ano letivo.
Assim, o corpus desta pesquisa compõe-se de textos escritos livremente e de testes de compreensão que visava verificar a compreensão dos clíticos presentes em textos infantis e de desempenho que consistia na substituição de expressões pelos clíticos adequados. Os dados foram colhidos em uma turma de 4º ano do Ensino Fundamental durante 10 meses letivos, numa escola pública de Belo Horizonte, Minas Gerais, cujos alunos pertencem a diferentes níveis socioeconômicos. Os resultados obtidos revelam que: i) o contexto em que o clítico é inserido contribui significativamente para a sua compreensão; ii) com relação aos fatores extralinguísticos, os alunos, independentemente de sua origem social e sexo/gênero, apresentam dificuldades em compreender os clíticos; entretanto, há uma leve tendência de um melhor aproveitamento quanto aos meninos da classe socioeconômica favorecida.

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