As Construções Relativas na Fala de Vitória/es: uma Perspectiva Sociolinguística

Nome: ANDRÉ POLTRONIERI SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/04/2020

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LEILA MARIA TESCH Suplente Interno
LILIAN COUTINHO YACOVENCO Orientador
MARIA CECÍLIA DE MAGALHÃES MOLLICA Examinador Externo
MARIA DA CONCEIÇÃO AUXILIADORA DE PAIVA Suplente Externo
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Examinador Interno

Resumo: É estudada, neste trabalho, a variação das estratégias de relativização no português falado na cidade de Vitória/ES. Analisou-se uma amostra de fala constituída por quarenta e seis entrevistas do projeto Português Falado na Cidade de Vitória (PortVix). Os falantes foram estratificados em quatro faixas etárias, três níveis de escolarização e sexo (YACOVENCO et al., 2012). Observou-se que o comportamento das estratégias de relativização varia segundo a função sintática exercida pelo pronome relativo. Dessa forma, as funções sintáticas foram separadas em quatro grupos, de acordo com as possibilidades de variação. Os dados foram submetidos a análises estatísticas com o pacote de programas GoldVarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). As variáveis selecionadas foram diferentes para cada um dos quatro grupos. Os resultados, de forma geral, convergem com o que vêm atestando outras pesquisas sobre a variação das orações relativas na fala de outras cidades. As variáveis que mais fortemente favorecem a relativa copiadora são, principalmente, o traço [+ humano] do antecedente e ambientes de maior distância, ligadas ao que Mollica (1977; 1997) denominou processamento sintático. Em relação aos pronomes relativos empregados, os resultados mostram que o relativo que é, como o esperado, o mais utilizado. A alta frequência das relativas de sujeito e objeto direto sem a cópia pronominal, conforme atestam Silva e Lopes (2007), está enfraquecendo semanticamente o que e, consequentemente, generalizando o uso desse pronome nas funções sintáticas preposicionadas, com as relativas cortadoras, que compartilham sua estrutura superficial com as relativas padrão de sujeito e objeto direto.
Palavras-chave: Estratégias de relativização. Sociolinguística Variacionista. Gramaticalização.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910