A estrutura “De+SN” como modificador do substantivo “dose”: Uma análise funcional-cognitivista

Nome: ABRAÃO CLEBER SILVA NOLASCO

Data de publicação: 24/07/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GESIENY LAURETT NEVES DAMASCENO Orientador

Resumo: Partindo do pressuposto de que o substantivo dose, ao significar “quantidade padrão
de remédio, bebida etc.”, precisa de maiores informações para que determinado
sentido se efetue eficazmente, enquadrando-se, pois, na categoria de palavras
sincategoremáticas (CASTILHO, 2010), este trabalho tem como objeto de estudo a
estrutura De + SN na função de modificador do substantivo dose. Observamos
postagens do Twitter, produzidas durante a pandemia da Covid-19, nas quais o
substantivo dose com a acepção supracitada ora vinha acompanhado da estrutura De
+ SN, ou seja, um termo que codificava uma informação complementar, ora não.
Diante da dificuldade, nos estudos da linguagem, de se distinguirem Complemento
Nominal e Adjunto Adnominal, representados por De + SN, quando se ligam a um
núcleo substantivo, e que, até o momento, trabalhos realizados acerca de tal tema
não ofereceram critérios suficientes para essa distinção (IGNÁCIO, 2003), optamos
por classificar o Sintagma Preposicionado em estudo como modificador, terminologia
apresentada por Perini (2000; 2019). Nesse sentido, tivemos como objetivo central,
neste estudo, analisar o modo de realização do modificador De + SN do substantivo
dose em tweets produzidos entre outubro de 2019 e outubro de 2021, a fim de se
verificarmos como os sentidos emergem na língua em uso. O Funcionalismo
Linguístico Clássico, principalmente os estudos acerca da Iconicidade e
Informatividade, aliado aos conceitos da Linguística Cognitiva, sobretudo à noção de
frames, serviram de subsídio teórico para investigar o funcionamento de tal
modificador nos tweets coletados. Verificamos quatro modos de realização do
modificador em análise: modificador realizado linguisticamente, modificador
parcialmente realizado, modificador zero anafórico/catafórico e modificador zero
inferido. Buscamos explicar tais modos de realização do modificador do substantivo
dose com base nos princípios da Iconicidade e Informatividade, além de recorrermos
à noção de frames para a compreensão do sentido no caso do modificador zero
inferido. Como este empreendimento analítico se distancia de uma análise linguística
binária, em que a distinção das categorias linguísticas é discreta, acreditamos que o
presente trabalho tem, portanto, potencial para contribuir com os estudos linguísticos.

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