Se essa rua for minha, eu mando ladrilhar: Um estudo
variacionista de sentenças condicionais na fala capixaba

Nome: LARISSA DE SOUZA VIANA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/07/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LEILA MARIA TESCH Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AMANDA HEIDERICH MARCHON Examinador Interno
GESIENY LAURETT NEVES DAMASCENO Suplente Interno
LEILA MARIA TESCH Orientador
ROSANE DE ANDRADE BERLINCK Suplente Externo
SILVIA MARIA BRANDÃO Examinador Externo

Resumo: Este estudo objetiva, de modo geral, investigar as combinações modo-temporais que acontecem por meio das articulações das formas verbais na condicional/prótase e nuclear/apódose de sentenças condicionais iniciadas por se no contexto da potencialidade na fala da cidade de Vitória/ES. Ancorando-se, principalmente, na Sociolinguística Variacionista (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]). A partir do corpus do banco de dados do projeto O português falado na cidade de Vitória/ES, analisamos as três combinações modo-temporais mais frequentes nos dados de sentenças condicionais potenciais, que correspondem ao: Futuro do subjuntivo + presente do indicativo (se souberem de um caso assim, eles encaminham, assim, pra... pra outros lugares, entendeu?); presente do indicativo + presente do indicativo (se minha mãe não sabe eu pergunto meu pai...) e futuro do subjuntivo + futuro perifrástico (se eu evitar de comer doce eu vou sentir vontade com certeza né). Averiguaram-se os grupos de fatores: posição das sentenças; faixa etária;
sexo e escolaridade, em relação às combinações modo-temporais coletadas. O programa estatístico escolhido para as análises foi o GoldVarb X. Na distribuição das combinações mais frequentes em relação ao fator posição das sentenças, a posição anteposta (se + condicional+ nuclear) foi a mais utilizada independentemente das três combinações modo-temporais escolhidas. O uso da posição posposta (nuclear + se + condicional) foi favorecida quando o falante usou a combinação presente do indicativo + presente do indicativo. O resultado foi ao contrário quando analisamos a combinação futuro do subjuntivo + presente do indicativo. Nesse caso, a ordem anteposta favoreceu o uso dessa combinação, enquanto a ordem inversa a inibiu. A temporalidade foi o segundo fator linguístico com o maior grau de significância no uso das variantes. As sentenças nucleares/apódose com o presente de indicativo, foram as mais frequentes no uso da atemporalidade. Nesses casos de atemporalidade, a predominância foi em sentenças que possuem o presente do indicativo na nuclear/apódose da sentença. Destacamos, também, que o grupo dos idosos foi o único que inibiu o uso da combinação modo-temporal com a perífrase na apódose.

Palavras-chave: Sentença condicional. Combinação modo-temporal. Alternância verbal.

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