Me ajuda aqui! A expressão do imperativo em Revistas da Turma da Mônica na segunda década do século 21.

Nome: EDNAILDES BISPO DA CONCEIÇÃO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/02/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CAROLINA QUEIROZ ANDRADE Examinador Externo
CÍNTIA DA SILVA PACHECO Suplente Externo
LEILA MARIA TESCH Examinador Interno
LILIAN COUTINHO YACOVENCO Suplente Interno
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Orientador

Resumo: As gramáticas normativas registram o imperativo gramatical (deixa/deixe) baseadas no contexto pronominal e no contexto da polaridade da estrutura: em sentenças afirmativas, com morfologia de indicativo (deixa/diz/vai), no contexto discursivo do pronome tu; com morfologia de subjuntivo (deixe/diga/vá), no contexto discursivo do pronome você. Em sentenças negativas, entretanto, o imperativo deve ser associado sempre ao modo subjuntivo, independentemente do contexto pronominal (CEGALLA, 1991). Contudo, pesquisas realizadas sobre o tema têm encontrado uma realidade distinta da registrada pela tradição gramatical, visto que as formas imperativas também são realizadas com percentuais significativos de indicativo, a depender, em grande parte, de aspectos geográficos de amostras faladas e escritas consideradas (cf., por exemplo, ALVES, 2008, 2009; CONCEIÇÃO, 2017; OLIVEIRA, 2017; SAMPAIO, 2002; SCHERRE, 2003, 2004, 2005, 2012). Com base nisso, esta pesquisa analisa a variação da expressão do imperativo (deixa/deixe) em 79 revistas em quadrinhos da Turma da Mônica criança publicadas nos anos de 2017, 2018 e 2019. Nosso objetivo, portanto, é analisar o comportamento da expressão do imperativo nessas revistas e comparar com resultados de pesquisas anteriores a esta (CONCEIÇÃO, 2017; SCHERRE, 2003, 2004, 2005, 2012). Nossos resultados apontaram um percentual robusto de 74,5% de imperativo associado ao indicativo. Ou seja, analisamos um total geral de 2.414 dados, sendo 2.348 ocorrências variáveis, e 1.750 dados associados à forma indicativa. Nossas variáveis selecionadas pela ferramenta estatística, por ordem de seleção, foram: polaridade da estrutura e contexto pronominal; saliência fônica; personagens; presença/ausência, tipo, pessoa e posição do pronome átono em relação ao verbo; atos de fala, conforme Faraco (1986); número de sílabas do verbo na forma infinitiva; presença/ausência e posição do vocativo em relação ao verbo. As variáveis não selecionadas e eliminadas, pelo programa, em ordem de eliminação, foram: ano de publicação; presença e ausência de dêiticos; e, conjugação verbal. A pesquisa é baseada na Teoria da Variação e Mudança Linguística (LABOV, 2008[1972], MOLLICA; BRAGA, 2012, WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968); e realizamos o tratamento estatístico dos dados utilizando o Goldvarb X (GUY; ZILLES, 2007, SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005).

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