Tá Mudando? - uma Análise Sociofuncionalista Sobre a Mudança do Verbo Estar na Fala de Vitória/es

Nome: FREDERICO PITANGA PINHEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDAIR MARIA GÖRSKI Examinador Externo
LEILA MARIA TESCH Suplente Externo
LILIAN COUTINHO YACOVENCO Examinador Interno
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Orientador

Resumo: RESUMO
Fundamentados em uma abordagem sociofuncionalista, na qual os postulados
teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (WEINREICH; LABOV;
HERZOG, 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972]) e do Funcionalismo Linguístico (GIVÓN,
1995) se conjugam, a presente pesquisa analisa a alternância entre as formas plenas
e reduzidas do item estar. A partir do banco de dados do PortVix (YACOVENCO, 2009;
YACOVENCO et. al., 2012) e coadunando a refinada metodologia de análise
laboviana (GUY; ZILLES, 2007) aos mecanismos de gramaticalização (HOPPER,
1991; HEINE; KUTEVA, 2007), esquadrinhamos as 46 entrevistas compostas por
falantes de Vitória, capital do estado do Espírito Santo, e nelas investigamos a
influência dos fatores sociais Sexo/gênero, Grau de escolaridade e Faixa etária e dos
fatores linguísticos Função do item, Contexto precedente, Tempo verbal e Pessoa do
discurso no intento de descobrir as motivações por trás do fenômeno em tela. Para a
análise quantitativa do nosso trabalho, utilizamos o programa computacional GoldVarb
X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). Os nossos resultados demonstram
que há predomínio das formas reduzidas em relação às formas plenas do referido
item. Com um percentual de 96,9% de apagamento da sílaba inicial, constatamos que
a redução caminha para se consolidar como uma mudança na fala. Também
apuramos que a perda de material fônico está diretamente relacionada ao processo
de gramaticalização que o estar sofre: à medida em que se gramaticaliza,
consequentemente, expande seus usos para novos contextos, perde significação
semântica e propriedades morfossintáticas, ele sofre erosão, mas ganha em
funcionalidade. Por fim, também levantamos a hipótese de que a redução fonética do
estar pode estar relacionada à predominância do seu uso como verbo auxiliar. Por
associação paradigmática, ele se reduziria para se assemelhar aos seus correlatos
monossilábicos ter, ser e ir, se tornando um perfeito exemplar (BYBEE, 2016 [2010])
dessa categoria.
Palavras-chave: item estar, redução fonética, Sociolinguística Variacionista,
Funcionalismo Linguístico, Sociofuncionalismo, gramaticalização, mudança
linguística

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