CAMINHOS RETÓRICOS E SORRISOS INCÔMODOS: ARGUMENTAÇÃO E HUMOR EM A ENCALHADA, DE INGRID GUIMARÃES E ALOÍSIO DE ABREU

Nome: LUANA FERRAZ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/02/2015

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CRISTINA CARMELINO Orientador
LUCIANO NOVAES VIDON Examinador Interno
LUIZ ANTONIO FERREIRA Examinador Externo

Resumo: Esta dissertação aborda a construção retórica da comicidade em peças teatrais. Para tanto, propõe a investigação das estratégias retóricas que enfatizam o efeito cômico no esquete A encalhada, de Ingrid Guimarães e Aloísio de Abreu uma das nove cenas que compõem o espetáculo Cócegas (EMI, 2004), interpretado pelas atrizes brasileiras Heloísa Périssé e Ingrid Guimarães. O embasamento teórico para este trabalho é fornecido, principalmente, pelos tratados da Retórica Antiga (ARISTÓTELES, 1991, 2000a, 2005; CÍCERO, 1950, 1991; QUINTILIANO, 1836), pelos estudos da Nova Retórica (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 1996; REBOUL, 1998; MEYER, 1994, 2007a, 2007b) e por obras que versam sobre a comédia (FRYE, 1973; MENDES, 2008). Finda a análise dos componentes verbais e não verbais do esquete, constata-se que a recorrência de algumas técnicas no plano da expressão, como o disfemismo, a repetição, a alusão; e a constituição do caráter ansioso e imoderado da protagonista são estratégias fundamentais na produção do efeito cômico em A encalhada. Além disso, verifica-se que interação entre os diferentes expedientes retóricos do esquete é capaz de incitar, no auditório, paixões eufóricas, como a confiança e a simpatia; e disfóricas, como a inveja.

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