ESTUDO DO SUJEITO DE REFERÊNCIA INDETERMINADA NA PERSPECTIVA FUNCIONALISTA DA LINGUAGEM.

Nome: MÔNICA DOS SANTOS SOUZA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/09/2014

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GUSTAVO XIMENES CUNHA Examinador Externo
LÚCIA HELENA PEYROTON DA ROCHA Orientador
MICHELINE MATTEDI TOMAZI Examinador Interno

Resumo: A proposta desta pesquisa centra-se no estudo do sujeito de referência indeterminada na perspectiva funcionalista da linguagem. Concordamos, assim, com os preceitos do Funcionalismo Linguístico, ancorados na visão de Givón (2001). Entre outras questões, Givón (2001) fala da origem do funcionalismo linguístico e da importância de não fazermos análises isoladas, isto é, o linguista chama a nossa atenção para a relação existente entre as estruturas gramaticais e os diferentes contextos comunicativos em que essas estruturas são usadas. Aliada a essa abordagem, elegemos também para o estudo e análise da questão a ótica da Linguística Textual referente às noções de texto veiculadas nesse campo investigativo, mais precisamente, por não considerá-lo uma estrutura pronta e acabada, mas sim, parte de atividades mais globais da comunicação, visto como atividade verbal consciente e interacional (BENTES, 2004). Neste sentido, adotamos também o olhar de Cavalcante e Custódio Filho (2010) e de Dionísio (2008) ao destacarem a necessidade de uma investigação que leve em conta o caráter multimodal dos textos que circulam atualmente em nossa sociedade e de irmos além da materialidade linguística, considerando outras semioses não linguísticas pertencentes às estratégias textual-discursivas da atividade de produção. Partimos, pois, do princípio de que o falante dispõe de diversas formas quando deseja indeterminar o sujeito em suas interações diárias. Atentamos, assim, em observar e analisar o comportamento da forma pronominal você, como também, todo o contexto envolvido na situação comunicativa. Sabemos que esse pronome geralmente é utilizado em contextos para interpretação anafórica e dêitica, mas que em determinadas situações de uso demonstra ter referência indeterminada. Percebemos, porém, que tradicionalmente a maioria dos gramáticos afirma que há duas formas de se indeterminar o sujeito na Língua Portuguesa; uma se dá quando se apresenta o verbo na terceira pessoa do plural sem antecedentes (cf. Quebraram a vidraça da escola); e, a outra se dá quando se tem o verbo transitivo indireto na terceira pessoa do singular mais a partícula se (cf. Precisa-se de secretária). Para a constituição de nosso corpus, foram eleitos diversos textos que circulam em nossa sociedade contemporânea e que trazem a forma pronominal você na função sujeito de referência indeterminada.

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