“A (DES)CONSTRUÇÃO DE FACE NO DISCURSO JURÍDICO”

Nome: ARACELI COVRE DA SILVA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 26/11/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DA PENHA PEREIRA LINS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTÔNIO CARLOS GOMES Suplente Externo
FLAVIA MEDEIROS ÁLVARO MACHADO Examinador Interno
ISABEL MARIA LOUREIRO DE ROBOREDO SEARA Examinador Externo
JANAYNA BERTOLLO COZER CASOTTI Suplente Interno
MARIA DA PENHA PEREIRA LINS Orientador

Páginas

Resumo: O ponto central de investigação desta tese é a composição de peças jurídicas
que circulam na vara de família: petição inicial, contestação e réplica, com o
intuito de pensar a (des)construção de face dos atores sociais que delas
participam. Observar a construção e a desconstrução de face das partes
processuais possibilitou-nos refletir sobre como a construção positiva ou
negativa da face do requerente e do requerido pode contribuir para a produção
de um discurso argumentativo. Tal reflexão está embasada sobre quatro
vertentes teóricas: (1) a Teoria dos Atos de Fala, cujo precursor foi Austin
((1990 [1962]); (2) a teoria da Elaboração da Face, proposta por Goffman (1985
[1975], 2011[1965]); (3) a Teoria da Polidez, de Brown e Levinson
(1987[1978]); e (4) a teoria das Emoções, de Micheli (2010) e Plantin (2011).
As três primeiras circunscrevem-se no domínio da Pragmática, permitindo-nos
evidenciar a linguagem como forma de ação na medida em que, por meio dela,
criamos uma imagem de nós mesmos e de nosso interlocutor tendo em vista
interesses e intenções do ato comunicativo. O desejo de ganhar uma causa é a
mola propulsora do processo de comunicação no âmbito jurídico. Para
conseguir a adesão do interlocutor, o falante, além da criação de faces
positivas e negativas, aciona formas de linguagem que provoquem reações
emocionais diversas no ouvinte. A teoria das emoções entra nesse jogo de
linguagem como forma de o falante provocar emocionalmente o seu ouvinte em
uma determinada situação. Dessa forma, as bases teóricas elencadas,
aplicadas aos excertos extraídos das peças processuais, mostram-nos que a
seleção dos atos de fala, as escolhas léxicas presentes nesses atos traduzemse em violência verbal na (des)construção de face contribuindo para o
processo argumentativo no texto jurídico.
Palavras-chave: Pragmática. Face. Emoção. Discurso jurídico

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910