ANÁLISE Sociofonética das Vogais Médias Pretônicas do Português de Vitória e Montanha, Es

Nome: VIVIANY DE PAULA GAMBARINI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 03/03/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO RODRIGUES MEIRELES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO RODRIGUES MEIRELES Orientador
CLÁUDIA REGINA BRESCANCINI Examinador Externo
LILIAN COUTINHO YACOVENCO Suplente Interno
MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Examinador Interno
PLÍNIO ALMEIDA BARBOSA Suplente Externo

Resumo: Este estudo apresenta uma análise sociofonética das vogais médias pretônicas de Vitória e de Montanha, cidades do Espírito Santo. Temos como objetivo comparar as vogais médias pretônicas de Vitória, capital do Espírito Santo, e de Montanha, localizada ao Norte do estado, a partir de pressupostos teóricos e metodológicos da fonética acústica e da Sociolinguística Variacionista, para, assim, auxiliar na descrição do dialeto capixaba. Para isso, foram selecionados 16 informantes, oito de cada cidade, estratificados segundo o sexo/gênero e segundo a faixa etária. O corpus foi obtido da apresentação de figuras inseridas na frase-veículo “Digo ______ baixinho”, repetidas cinco vezes por falante. Através do plug-in Akustyk, no programa Praat, extraímos os valores do primeiro e segundo formantes das vogais estudadas - F1 e F2. Em seguida, os valores obtidos foram submetidos à linguagem de programação R, na qual foram feitas as análises de variância – ANOVA –, a fim de verificar possíveis diferenças estatísticas entre as pretônicas de Vitória e de Montanha, além dos gráficos do tipo boxplot que comparam os pares de pretônica de cada cidade. Foi realizada, ainda, a análise variacionista dos dados, com auxílio do GoldVarb X, responsável pelo tratamento estatístico de variáveis linguísticas e sociais envolvidas na variação das vogais pretônicas. Como resultados, observamos que, em relação aos valores de F1 e F2, as vogais de Vitória e Montanha diferenciaram-se estatisticamente. Montanha apresentou pretônicas mais baixas, o que era esperado por conta dessa cidade localizar-se ao norte do Estado. Além disso, o espaço acústico dessa cidade mostrou-se mais periférico, com vogais anteriores, [i], [e] e [ε], mais anteriorizadas e vogais posteriores, [ɔ], [o] e [u], mais posteriorizadas que as de Vitória. Quanto à análise de pesos relativos, os fatores que favoreceram a realização da variante pretônica [ε], em Vitória, foram a vogal tônica, sendo [ɔ] a maior favorecedora, e o sexo/gênero, sendo as mulheres as que favoreceram. A vogal tônica [ɔ] e as mulheres também favoreceram a realização da variante [ɔ] em Vitória. Em Montanha, os fatores que favoreceram a realização da variante pretônica [ε] foram a faixa etária dos 31-50 anos, as palavras cujas estruturas tinham uma pretônica + uma tônica + uma postônica, como em p[ε]teca, e a primeira repetição do grupo de palavras gravado. Por fim, favoreceram a realização do [ɔ] pretônico de Montanha a vogal tônica [ɔ], a faixa etária dos 31-50 anos e a primeira repetição do grupo de palavras gravado.

Palavras-chave: Vogais médias pretônicas; Variação linguística; Análise acústica; Dialeto capixaba

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